Tenho evitado o uso da palavra imperialismo, por considerá-la algo gasto e datado. Mas palavra melhor não me ocorre, quando leio que 100 pacientes haitianos podem morrer sem atendimento adequado, um deles com tétano (sim, senhoras e senhores, o milenar tétano!), apenas porque autoridades norte-americanas intrometidas na Haiti, não conseguem fazer valer princípios humanitárias sobre as rígidas regras de entrada de estrangeiros na maior potência militar do planeta, em seu estado permanente de guerra.
Todo o imbróglio seria evitado pelo Peace Corps de Obama, e com isso vidas seriam salvas, se houvesse o mínimo discernimento prático de que bastaria transferir os pacientes aos dois únicos países com sistemas públicos e universais de atenção à saúde no hemisfério sul das Américas: a Cuba e ao Brasil, que além de deterem competência tecnológica suficiente para salvar essas vidas, não estão submetidos aos limites de segurança a que os EUA continuamente estão submetidos. Mas, falávamos de imperialismo, não é mesmo?
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