É quase proverbial o descuido do brasileiro com segurança. Chego até a pensar que, embora digamos por brincadeira, lá no fundo da alma cremos na inexorável cidadania brasileira de Deus, que de um tudo faz para nos proteger. Pois caso contrário, como então explicar que solenemente ignoremos riscos e deles apenas nos lembremos quando provamos do sabor amargo de sua corporificação em tragédia?
Mobilizaram sentimentos de perda, lamentos e discussões as recentes catástrofes naturais que enlutam os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, consumadas por enchentes, deslizamentos de encostas, desabamento de residências e soterramento da adultos e crianças. Entretanto, se atentarmos bem, a maioria dos casos é perfeitamente identificável e enquanto tal prevenível , tanto quanto o foi o naufrágio do Bateu Mouche, ou o são o afundamento de gaiolas e batelões nos rios amazônicos e na produção anual de desabrigados pelas enchentes que engolem cidades como Marabá, no sul do Pará, todo o santo ano.
Assim vemos com todas as letras, e pela repetição das histórias, que a justiticativa de acidente para esses fatos está gasta demais, pois todos os fatores causais que concorrem para o acontecimento desses desastres são a maioria previamente conhecidos e por isso evitáveis, com possibilidade de oferecer um atendimento menos improvisado às vítimas. Quando o remédio existe e infelizmente não chega a quem precisa, é porque algum notável ser humano deixou de fazer alguma coisa para que a desgraça chegasse em galope, infelizmente silencioso demais para ouvidos de moucos escutarem.
Querem prova? Muito bem. O governo federal em 2003 estruturou em âmbito nacional o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - 192 (SAMU), como parte integrante de uma tão inédita quanto indispensável Política Nacional de Atenção às Urgências. Na farta legislação sobre o assunto, disponível aqui em 3a. edição (revista e ampliada!), lemos que os municípios candidatos a receberem recursos de implantação e custeio do citado serviço deverão cumprir com o seguinte:
Mobilizaram sentimentos de perda, lamentos e discussões as recentes catástrofes naturais que enlutam os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, consumadas por enchentes, deslizamentos de encostas, desabamento de residências e soterramento da adultos e crianças. Entretanto, se atentarmos bem, a maioria dos casos é perfeitamente identificável e enquanto tal prevenível , tanto quanto o foi o naufrágio do Bateu Mouche, ou o são o afundamento de gaiolas e batelões nos rios amazônicos e na produção anual de desabrigados pelas enchentes que engolem cidades como Marabá, no sul do Pará, todo o santo ano.
Assim vemos com todas as letras, e pela repetição das histórias, que a justiticativa de acidente para esses fatos está gasta demais, pois todos os fatores causais que concorrem para o acontecimento desses desastres são a maioria previamente conhecidos e por isso evitáveis, com possibilidade de oferecer um atendimento menos improvisado às vítimas. Quando o remédio existe e infelizmente não chega a quem precisa, é porque algum notável ser humano deixou de fazer alguma coisa para que a desgraça chegasse em galope, infelizmente silencioso demais para ouvidos de moucos escutarem.
Querem prova? Muito bem. O governo federal em 2003 estruturou em âmbito nacional o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - 192 (SAMU), como parte integrante de uma tão inédita quanto indispensável Política Nacional de Atenção às Urgências. Na farta legislação sobre o assunto, disponível aqui em 3a. edição (revista e ampliada!), lemos que os municípios candidatos a receberem recursos de implantação e custeio do citado serviço deverão cumprir com o seguinte:
Se quem por direito houvesse cumprido com o recomendado, os males hoje lamentados teriam sido apenas um mau sonho numa noite de verão com chuvas e trovoadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário