quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um Outro Mundo Sem Mosquitos é Possível?

Não, essa pergunta não se refere aos protestos nas ruas de Davos na Suiça, cidade em que tradicionalmente os países ricos se reúnem para avaliar e tirar consensos sobre questões econômicas mundiais.
A indagação foi feita a um conjunto de cientistas, a partir da hipótese que o desaparecimento dos mosquitos poderia trazer benefícios ao homem pelo controle de doenças gravíssimas como a Malária, a Febre Amarela, a Filariose e as Febres Hemorrágicas Virais. Com um adendo: desde que a extinção daqueles insetos não tivesse consequências para o equilíbrio ecológico. Em que pese que a Humanidade se beneficiaria com a iniciativa, o resultado final poderia representar um tremendo fracasso em termos ecológicos. Saiba como, conhecendo a opinião dos cientistas que analisaram a questão para a revista Nature.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Investimento em Pesquisa no Brasil

Crescimento econômico impulsiona ciência no Brasil

Nesta semana, o ministro de C&T anunciou R$ 800 milhões para pesquisas. Aumento da verba veio por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. As verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) mais que dobraram desde 2003. Com o crescimento econômico do país, as empresas que destinam parte de seus impostos ao FNDCT contribuíram com mais dinheiro. Em 2010, o fundo arrecadou R$ 2,7 bilhões, o maior valor desde sua criação, em 1969. Com isso, o governo vai investir mais de R$ 800 milhões em editais de pesquisa, conforme anunciado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, na 62ª Reunião Anual da SBPC.

O texto completo está na Agência UNB.



sábado, 10 de julho de 2010

LOGICOMIX
























Foi lançada recentemente pela Editora WMF Martins Fontes a novela gráfica Logicomix - Uma Jornada Épica em Busca da Verdade, escrita por Doxiadis e Papadimitriou, com arte de Papadatos e Di Bonna. É um tema inusitado para uma forma literária que em geral explora o terror, o suspense, o erótico e a aventura. Aqui trata-se de narrar a biografia do filósofo e matemático Bertrand Russell, mas fazendo-o ao modo de um romance da ciência e da matemática no século XX. Os coadjuvantes na história são gente como Ludwig Wittgenstein, Gauss, Leibniz, Hilbert, entre outros. Vale conferir porque esses quadrinhos estiveram na lista das obras mais vendidas do New York Times e receberam recomendação entusiástica do inglês The Guardian. Nas livrarias ao preço de R$52,00 - R$65,00.

domingo, 4 de julho de 2010

Quando os Blogues Fazem Sentido

Os astrônomos nunca estiveram tão ocupados: Olho para nossos estudantes e ... há menos aprendizado e mais pressa ... nós somos apanhados nesta corrida como fôssemos cobaias de laboratório que não sabem exatamente o que perseguem.
Entre os biólogos o sentimento é semelhante: No meu atual estágio de carreira universitária, a tecnologia tornou-me um dos profissionais mais bem pagos do campus. Mas, apenas para manter esse status, sou sempre obrigado a fazer muito mais do que antes vinha fazendo.
Estas citações procedem do artigo Assessing the Future Landscape of Scholarly Communication (Avaliando o Cenário Futuro da Comunicação Acadêmica [go.nature.com/6Y4b1g]), que informa sobre a pesquisa com 160 acadêmicos realizada no início do ano por Diane Harley e colegas na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Nas duas principais áreas científicas abrangidas pelo estudo - Biologia e Astronomia - publicar em periódicos revistos por pares continuará a ser o principal marcador do desempenho acadêmico. Mas a pesquisa também revelou diferenças lamentáveis entre as duas disciplinas com respeito a modos informais de comunicação entre pares acadêmicos. Sem dúvida o processo de publicação formal é visto como passo necessário para o registro dos resultados de pesquisa, e a revisão por pares formalmente acrescenta valor nesse processo, mas a comunidade de Astronomia efetivamente antes de encaminhar seus artigos para publicação busca a opinião de outros acadêmicos, ainda na etapa de pré-impressão. Nesse momento, os astrônomos utilizam o servidor arXiv.org, um fórum acadêmico altamente confiável, através da qual se pode depositar a versão original de um documento e receber por email comentários privados que poderão complementar o processo de revisão por pares do artigo a ser impresso. Esse processo pode responder pelo baixo nível de erros em artigos encaminhados para as revistas científicas.
Os biólogos tendem contudo a evitar o compartilhamento aberto de tais primeiros rascunhos. Eles alegam que a amplitude de sua comunidade acadêmica e o ambiente de competitividade existente os deixam relutantes quanto a adotar o modelo dos Astrônomos. Essa desconfiança é lamentável, pois tudo indica que o compartilhamento dos artigos em servidores na etapa de pré-impressão eleva o padrão de qualidade da literatura científica. A disposição para depositar o original no arXiv, contudo, está limitada à extensão da abertura científica dos astronomos, situadando a discussão em âmbito privativo.
A experiência da Nature em revisão por pares em aberto (go.nature.com / N67mFk) demonstrou, à vista da falta de comentários sobre artigos nas revistas do grupo Nature, os pesquisadores pouco produtivo proceder discutir artigos antes ou
após a publicação. Não só eles alegam estar ocupados, como atestam as citações acima, como não vêem vantagem na atividade que lhes traz algum risco de fazer uma crítica errada ou uma declacração inconveniente em público. Além disso, os astrônomos e biólogos registram um desencorajamento ativo nos blogs - uma forma de comunicação que carrega aos olhos dos acadêmicos carece de selo de confiabilidade ou de prestígio. Essa imagem reativa ao debate interativo da ciência na internete está mais ampliadoa em uma nova pesquisa, If You Build It, Will They Come? How Researchers Perceive and Use Web 2.0 (Se Você Construir, Eles Virão? Como os Pesquisadores Percebem e Usam a Web 2.0), a ser publicado ainda este mês pela Rede de Informação em Pesquisa do Reino Unido.
No entanto, os astrônomos e biólogos entrevistados na pesquisa da Universidade da Califórnia afirmaram com ênfase que gostavam de dar palestras públicas e contribuit vcom opiniões nos veículos de comunicação de massa. Aqui, certamente, é uma oportunidade para os blogs adquirirem valor reconhecimento acadêmico- ou pelo menos pode ser a chance de apresentar na página do laboratório uma pesquisa em uma linguagem compreensível ao leitor comum.
As instituições precisam reconhecer e incentivar a superação dessas limitações de forma explícita, não apenas como uma questão de rotina, mas especificamente como expressão de alta iluminação, se promovê-las em momentos de debate público relevante ou nas ocasiões em que são discutidos os interesses dos cientistas. Web 2.0 ainda não tem o que é necessário para adicionar um valor significativo para a abertura do discurso acadêmico, mas pode certamente fazer a diferença para o acesso do público à ciência.


(Tradução do editor. Original disponível para livre acesso na revista Nature. Editorial. Vol 466, 1 jul 2010)

sábado, 3 de julho de 2010

O Mundo Que Nossos Olhos Não Vêem



















A invenção do microscópio óptico no século XVII revolucionou a história da Humanidade, pois nos permitiu conhecer a estrutura e as leis de um mundo oculto aos nossos olhos. A Exposição Científica de Verão da Royal Society apresenta uma série de micrografias realizadas com macrolentes especiais para microscopia, denominadas mesolens, que impressionam pela precisão com que desvendam detalhes da organização dos seres vivos. As fotos acima são da exposição e representam células do sistema nervoso de rato, coradas com uma substância fluorescente especial. Em verde observamos os neurônios com seus prolongamentos chamados axônios, em vermelho as células gliais e em azul o núcleo dos astrócitos, células especializadas na sustentação e na nutrição do tecido nervoso.