O padrão de publicação científica nas quatro economias emergentes do Brasil, Rússia, Índia e China está se tornando cada vez mais próximo ao de países desenvolvidos do G7. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores de cientometria selecionaram artigos publicados em uma ampla gama de disciplinas, nos anos de 1991, 2000 e 2009, e descobriram que a produção científica dos BRICs mudou gradualmente, para mais se assemelham aos países do G7.
Dos quatro países incluídos no grupo BRICS, foi observado que a China, em particular, havia diversificado sua produção científica, de maneira a obter um maior equilíbrio que se ajustasse ao rápido crescimento econômico que o país experimentava naqueles anos. Seus avanços em Matemática, Física e Engenharia permitem fazer associações com a política de desenvolvimento desse país.
O estudo também demonstrou que após a Segunda Guerra Mundial, a China, Rússia e países do Leste Europeu deram atenção sustentada para a pesquisa básica, inclusive na ciência nuclear. Uma exceção a essa tendência é o Brasil. Enquanto os Estados Unidos e a Grã-Bretanha continuam líderes nas ciências da vida, o Brasil aumentou seus trabalhos publicados nessa área do conhecimento em 50 a 70 por cento.
Segundo Yang, um dos autores do estudo publicado na revista Scientometrics (14/03), "O Brasil tem sido tradicionalmente forte em biotecnologia e o governo do país tem estimulado o seu desenvolvimento". "Além disso, o Brasil é mais aberto para cooperar com o Ocidente e aprender com suas experiências, o que é diferente da ênfase chinesa em 'inovação auto-dependente".
O estudo também demonstrou que após a Segunda Guerra Mundial, a China, Rússia e países do Leste Europeu deram atenção sustentada para a pesquisa básica, inclusive na ciência nuclear. Uma exceção a essa tendência é o Brasil. Enquanto os Estados Unidos e a Grã-Bretanha continuam líderes nas ciências da vida, o Brasil aumentou seus trabalhos publicados nessa área do conhecimento em 50 a 70 por cento.
Segundo Yang, um dos autores do estudo publicado na revista Scientometrics (14/03), "O Brasil tem sido tradicionalmente forte em biotecnologia e o governo do país tem estimulado o seu desenvolvimento". "Além disso, o Brasil é mais aberto para cooperar com o Ocidente e aprender com suas experiências, o que é diferente da ênfase chinesa em 'inovação auto-dependente".
Não há contudo consenso quanto a robustez dessas considerações. Para o pesquisador belga Ronald Rosseau, estudos sobre o comportamento dos BRICS na produção científica deveriam considerar não apenas a produção nacional de artigos científicos publicados, e sim associar a essa variável outras referentes à qualidade ou à eficácia dessas investigações, descrevendo qual seria o correspondente impacto social do que foi publicado.
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Adaptação do texto publicado no SciDev - Net. Em inglês e completo acesse-o aqui.
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