domingo, 25 de março de 2012

Minha Criança Portaria a Paz

The Kid by Itajai de Albuquerque
The Kid, a photo by Itajai de Albuquerque on Flickr.

 Minha criança portaria a paz
Quando sobre ela me debruçasse
Não apenas um perfume de sabonete

Todos fomos crianças da paz
(E em toda terra, não apenas em uma,
mós ainda fazem seus giros)

Oh, a terra que feito as roupas rasgam 

De tal forma que não pode ser reparada

Duro, pais que choram nos túmulos de Makhpela,
É a ausência das crianças

Minha criança traria a paz
No ventre sua mãe lhe prometeu
O cumprimento do que Deus
Não pode nos prometer.


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Nesses últimos dias assistimos com tristeza as notícias lutuosas de três crianças assassinadas numa escola judaica em Toulouse (França), por um terrorista árabe. 
Essa postagem representa homenagem a elas e a todas as crianças que diariamente são mortas ou violentadas em sua inocência, nas guerras em curso nos quatro cantos do planeta, independente de suas nacionalidades, cor ou credos.
O autor do poema , Yehuda Amichai (1924 - 2000), pertence a literatura israelense.
O poema original, que traduzi de forma livre:

My child wafts peace/ When I lean over him, / It is not just the smell of soap./ 
All the people were children wafting peace./ (And in the whole land, not even one/ Millstone remained that still turned).
Oh, the land torn like clothes/ That can't be mended.
Hard, lonely fathers even in the cave of the Makhpela/ Childless silence.
My child wafts peace./ His mother's womb promised him/ What God cannot/ Promise us.

Makhpela é local sagrado em Hebron, onde a tradição das religiões hebraica, católica e muçulmana refere como o lugar das tumbas de Adão e Eva, Abrão e Sara, Isaac e Rebeca e Jacó e Lea.

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