SATÉLITE**
Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.
Muito cosmograficamente
Satélite.
Desmetaforizada,
Desmitificada,
Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.
Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!
Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.
*Fotografada pelo editor em Brasília-DF (25/06/2010)
** Poema de Manuel Bandeira publicado no livro Estrela da Tarde (1960).
** Poema de Manuel Bandeira publicado no livro Estrela da Tarde (1960).
2 comentários:
muleque que foto!
quero copia!!
tudo eu invejo!!
Suzy com muita saudade
Hahahaha. Já está reservada cópia da obra deste humilde retratista bissexto.
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