segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sting Contra Belo Monte



















Durante a novela Que Rei Sou Eu, transmitida pela Rede Globo de Televisão em 1989, ele foi citado como o cantante Ping, responsável pela agitação das comunidades indígenas no imaginário Reino de Avilon. Vinte anos depois, o roqueiro e bibliófilo inglês Sting volta aos palcos do ambientalismo nacional e apresenta solidariedade ao amigo cacique Raoni na luta contra a construção da hidroelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (Estado do Pará, Amazônia Oriental).
Pelo visto somadas as posições do Greenpeace, de partidos políticos como o PSOL e o PSTU, do Movimento dos Sem Terra e dos Atingidos por Barragens, mais aquelas já expressas por acadêmicos, será uma disputa de peso contra a decisão do governo federal e estadual de ali estabelecer a maior hidroelétrica já situada em domínio brasileiro. O projeto à cargo da EletroNorte mobiliza discussões como estas aqui e aqui.
Aliás, no Brasil, lugares com o nome Belo Monte parecem fadados à inundações. O primeiro, urbe monstruosa, na descrição de Euclides da Cunha em Os Sertões, foi a cidade do beato Antonio Conselheiro, também conhecida como Canudos, na Bahia. Depois de conquistada pelas tropas do governo federal em 1897, o que restou da Belo Monte conselheirista foi sepultada sob as águas no fim década de 60, para término da Barragem do Açude Cocorobó.

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