domingo, 15 de novembro de 2009

Sem Dinheiro, Motosserras Travam

A ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), ao modo como foi observado em âmbito internacional sobre outros assuntos ambientais, especula que o recuo observado no desmatamento da região deve-se aos freios da crise econômica mundial.
A hipótese tem validade, pois desde 2008 haviam evidências de iminente contração setorial na pecuária brasileira. Por exemplo: segundo estudo financiado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgado em 2008, o custo operacional total (custo variável + custo fixo + depreciação) acumulou alta de 88%, enquanto o valor da arroba do boi gordo havia subido 56%.
Tratava-se naquela altura de um prejuízo operacional na ordem de 32%, que, no transcurso da crise, com as curvas cambiais positivas do Real, levou a desacelaração de novos investimentos na ampliação de rebanhos e pastos para fins exportadores.
Mas a conclusão do Imazon, por mais redonda que aparente, requer complemento. Ainda resta avaliar quais foram os efeitos concorrentes da política ambiental para a Amazônia, na definição do desfecho para o período observado. Sem a medida dessa variável quali-quantitativa, a avaliação perde a completude científica necessária à elaboração de um quadro compreensivo do problema ambiental na região.

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