Em respeito aos eleitores e ao país, o segundo turno das eleições presidenciais devem ser balizadas por um debate entre duas visões de mundo e de Brasil que nesse momento estão em disputa: o embate ideológico entre os defensores do neoliberalismo, representado pelo candidato Serra e as principais lideranças do PSDB (FHC, Aécio Neves e Geraldo Alckmin), e o pensamento de vertente social-desenvolvimentista com os resultados do governo do presidente Lulam, a serem seguidos pela candidata do PT a Presidência da República, Dilma Roussef.
Chega, portanto da avalanche de baixarias, tristemente produzida, reproduzida e ampliada a náuse pelas grandes redes brasileiras de comunicação, certamente sob a cumplicidade dos próceres do PSDB acima citados. Afinal não se pode pretender uma democracia adulta e respeitável, que se imponha entre iguais na comunidade mundial, oferecendo o triste espetáculo de uma republiqueta de bananas, em que até se ressuscitou uma questão político-religiosa, já antes superada e sepultada por Dom Pedro II no século XIX , quando o Imperador sabiamente estabeleceu que Igreja é Igreja e Estado é Estado; este cuida da sociedade (gênero) e aquela - por ser diversas, e entre si não raro antagônicas - de seu respectivo rebanho (espécie).
A despeito deste fato, nesse cortejo de insanidade e doidivanice que assistimos nos últimos meses, tristemente testemunhamos religiosos desempenhando o papel de cabos eleitorais do candidato José Serra, não furtando-se nesse mister de proferirem com tiques histéricos sermões discutíveis quanto à lisura da intenção, para dizer deles o de menos. Encheu-me assim a paciência ouvir essa pletora de desinformações e grosserias de quem opõe-se ao governo Lula e a candidata Dilma Roussef, com o descarado objetivo de impressionar o senso dos mais simples, sem importarem-se de ofender aqueles que, pela sinceridade de suas almas, buscam nas Igrejas um espaço de prática espiritual e não como fossem ao encontro de palanques-púlpitos rastaqueras.
Contudo, deixando de lado aqueles deslizes inoportunos e reprováveis, reitero que nós, eleitores, exigimos ser tratados pelos comandos de campanha do PSDB, seu candidato e aliados, abatinados ou não, com o respeito que fazemos jus como cidadãos. Em nome desse sentimento deixo aqui, para os leitores e leitoras do blogue, minha contribuição e estímulo para superar a péssima impressão em mim deixada pela baixaria protagonizada no primeiro momento da eleição presidencial: trata-se de um estudo comparativo da evolução da miséria brasileira, em sua dimensão material, no período que envolve os dois governos do FHC (PSDB) e os dois governos do Lula (PT). Acho que a comparação diz muito sobre o que queremos para o Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário