sábado, 7 de agosto de 2010

Medicamentos Seguros e a Pressa como Inimiga

Tem sido com frequencia divulgado na mídia leiga notícias com respeito a inovações tecnológicas da indústria farmacêutica que, após serem lançados no mercado, demonstram trazer riscos para saúde humana. Os mais recentes foram o casos dos medicamentos Avandia (rosiglitazona), usado no tratamento do Diabetes Mellitus, e do antipsicótico Seroquel (quetiapina).
A gravidade dos fatos demonstram que impõe-se uma discussão mais profunda do porquê estamos introduzindo no mercado produtos de saúde que, ao fim, arriscam a segurança dos usuários, expõem empresas a processos milionários nos tribunais, enquanto o setor se fragiliza com o desabamento de ações nas bolsas de valores. A pressa quase sempre não atende à perfeição.
O artigo publicado na Nature aponta quais seriam os caminhos para desenvolver e produzir moléculas de medicamentos mais seguras: fortalecimento do papel regulatório do Estado, que em conjunto com as universidades, centros de pesquisa e indústria farmacêutica, deve desenvolver um modelo de aprovação de medicamentos que responda pela segurança dos medicamentos, sem que ao fazê-lo crie obstáculos ao desenvolvimento de inovações tecnológicas e a produção da indústria farmacêutica.

Nenhum comentário: