sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Desvantagem Comparativa do Sistema de Saúde dos EUA

Os Estados Unidos gastam mais em saúde do que qualquer outro país do mundo, mas os seus resultados em saúde são geralmente piores do que os de outros países ricos. As pessoas nos Estados Unidos apresentam taxas mais altas de doenças e ferimentos e morrem mais cedo do que pessoas de outros países de alta renda. Embora esta desvantagem de saúde tenha aumentado ao longo de décadas, a sua escala só agora tem se tornado mais evidente.
Pesquisas com pacientes acometidos de doenças crônicas em até 11 países demonstraram que os norte-americanos são mais propensos do que os pacientes de outros lugares a relatar falhas na qualidade da assistência e na segurança hospitalar. Ademais pacientes norte-americanos parecem mais propensos para requerer visitas do departamento de emergência ou readmissões por causa da alta precoce e de problemas no atendimento ambulatorial. Confusão, falta de coordenação e falta de comunicação entre médicos e pacientes são relatados com mais freqüência nos Estados Unidos.
Comparações entre países também demonstram claramente que pessoas nos Estados Unidos, nomeadamente as crianças, estão morrendo mais cedo e enfrentando doenças e lesões a taxas maiores do que as observadas em outros países com o mesmo padrão de renda nacional. Para além das consequências humanas e econômicas que afetam atualmente  adultos e a força de trabalho, as desvantagens de saúde enfrentadas pelas crianças norte-americanas implicarão em outros problemas sanitários, quando se tornarem os adultos de amanhã, com repercussões na economia do país e para a segurança nacional. Agora, a questão é  saber o quanto a sociedade norte-americana está preparada para fazer uma mudança radical no modelo de saúde do país.

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O artigo - The US Health Disadvantage Relative to Other High-Income Countries Findings - foi publicado em 10 de janeiro deste ano, no JAMA - Journal of the American Medical Association. Clique aqui para ter acesso livre ao texto completo.
 

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