EH, 5 anos, o primeiro paciente da epidemia de gripe suína.
Fernando Pessoa, o genial escritor português, legou-nos um belo poema onde registra que o começo é sempre involuntário. A afirmativa não é válida para a epidemiologia, que é ciência que busca estabelecer nexos para a compreensão de como as doenças transmissíveis ou não transmissíveis afetam aos homens. Exemplifica-o a presente epidemia de gripe suína, iniciada no México.
Hoje sabemos que as autoridades de saúde mexicanas identificaram o chamado caso índice da doença, aquele estabelecido como o primeiro relacionado ao surgimento de uma doença que escapou ao controle e ganhou o mundo para tornar-se a primeira pandemia do século. Na verdade, trata-se de um menino de 5 anos, residente em La Glória, uma cidade rural que é o principal centro de criação suína na região.
Antes do pequeno EH cair doente, os registros de saúde pública local já identificavam o surgimento de pelo menos dois casos em março e abril da gripe, o que constitui evidência inequívoca que a variante suína do vírus H1N1 estava circulando na comunidade. Ainda que não se saiba se estas pessoas foram infectadas com a mesma cepa que desencandeou a presente epidemia, só a ocorrência desses dois casos confirmados mereceria das autoridades mexicanas uma atenção maior para o assunto.
Diz a filosofia oriental que frente a um erro não devemos imobilizar nossa reação em saber quem o praticou, mas no como e no porque chegou-se àquele resultado. Neste caso não é assim, pois no final das contas temos todas as respostas para qualquer dúvida relacionada a compreensão do processo , que, aliás, prossegue com exemplos sui generis.
Que digam deles a família de EH, felizmente recuperado da gripe. A mãe do garoto diz que a casa virou uma referência não muito positiva na cidade, e o incômodo tem sido grande. Além de funcionários da saúde aparecerem para fumegar a casa sem explicar exatamente porque o fazem, médicos também sempre aparecem para coletar material da garganta do menino. E até o governador da província - claro, esse personagem não poderia faltar! - um dia ali desceu de helicóptero, acompanhado de comitiva oficial para saber notícias e fazer fotos. Ao menos dessa vez, EH ganhou de presente uma bola de futebol e um boné que o fizeram feliz.
Antes do pequeno EH cair doente, os registros de saúde pública local já identificavam o surgimento de pelo menos dois casos em março e abril da gripe, o que constitui evidência inequívoca que a variante suína do vírus H1N1 estava circulando na comunidade. Ainda que não se saiba se estas pessoas foram infectadas com a mesma cepa que desencandeou a presente epidemia, só a ocorrência desses dois casos confirmados mereceria das autoridades mexicanas uma atenção maior para o assunto.
Diz a filosofia oriental que frente a um erro não devemos imobilizar nossa reação em saber quem o praticou, mas no como e no porque chegou-se àquele resultado. Neste caso não é assim, pois no final das contas temos todas as respostas para qualquer dúvida relacionada a compreensão do processo , que, aliás, prossegue com exemplos sui generis.
Que digam deles a família de EH, felizmente recuperado da gripe. A mãe do garoto diz que a casa virou uma referência não muito positiva na cidade, e o incômodo tem sido grande. Além de funcionários da saúde aparecerem para fumegar a casa sem explicar exatamente porque o fazem, médicos também sempre aparecem para coletar material da garganta do menino. E até o governador da província - claro, esse personagem não poderia faltar! - um dia ali desceu de helicóptero, acompanhado de comitiva oficial para saber notícias e fazer fotos. Ao menos dessa vez, EH ganhou de presente uma bola de futebol e um boné que o fizeram feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário