Os astrônomos nunca estiveram tão ocupados: Olho para nossos estudantes e ... há menos aprendizado e mais pressa ... nós somos apanhados nesta corrida como fôssemos cobaias de laboratório que não sabem exatamente o que perseguem.
Entre os biólogos o sentimento é semelhante: No meu atual estágio de carreira universitária, a tecnologia tornou-me um dos profissionais mais bem pagos do campus. Mas, apenas para manter esse status, sou sempre obrigado a fazer muito mais do que antes vinha fazendo.
Estas citações procedem do artigo Assessing the Future Landscape of Scholarly Communication (Avaliando o Cenário Futuro da Comunicação Acadêmica [go.nature.com/6Y4b1g]), que informa sobre a pesquisa com 160 acadêmicos realizada no início do ano por Diane Harley e colegas na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Nas duas principais áreas científicas abrangidas pelo estudo - Biologia e Astronomia - publicar em periódicos revistos por pares continuará a ser o principal marcador do desempenho acadêmico. Mas a pesquisa também revelou diferenças lamentáveis entre as duas disciplinas com respeito a modos informais de comunicação entre pares acadêmicos. Sem dúvida o processo de publicação formal é visto como passo necessário para o registro dos resultados de pesquisa, e a revisão por pares formalmente acrescenta valor nesse processo, mas a comunidade de Astronomia efetivamente antes de encaminhar seus artigos para publicação busca a opinião de outros acadêmicos, ainda na etapa de pré-impressão. Nesse momento, os astrônomos utilizam o servidor arXiv.org, um fórum acadêmico altamente confiável, através da qual se pode depositar a versão original de um documento e receber por email comentários privados que poderão complementar o processo de revisão por pares do artigo a ser impresso. Esse processo pode responder pelo baixo nível de erros em artigos encaminhados para as revistas científicas.
Os biólogos tendem contudo a evitar o compartilhamento aberto de tais primeiros rascunhos. Eles alegam que a amplitude de sua comunidade acadêmica e o ambiente de competitividade existente os deixam relutantes quanto a adotar o modelo dos Astrônomos. Essa desconfiança é lamentável, pois tudo indica que o compartilhamento dos artigos em servidores na etapa de pré-impressão eleva o padrão de qualidade da literatura científica. A disposição para depositar o original no arXiv, contudo, está limitada à extensão da abertura científica dos astronomos, situadando a discussão em âmbito privativo.
A experiência da Nature em revisão por pares em aberto (go.nature.com / N67mFk) demonstrou, à vista da falta de comentários sobre artigos nas revistas do grupo Nature, os pesquisadores pouco produtivo proceder discutir artigos antes ou após a publicação. Não só eles alegam estar ocupados, como atestam as citações acima, como não vêem vantagem na atividade que lhes traz algum risco de fazer uma crítica errada ou uma declacração inconveniente em público. Além disso, os astrônomos e biólogos registram um desencorajamento ativo nos blogs - uma forma de comunicação que carrega aos olhos dos acadêmicos carece de selo de confiabilidade ou de prestígio. Essa imagem reativa ao debate interativo da ciência na internete está mais ampliadoa em uma nova pesquisa, If You Build It, Will They Come? How Researchers Perceive and Use Web 2.0 (Se Você Construir, Eles Virão? Como os Pesquisadores Percebem e Usam a Web 2.0), a ser publicado ainda este mês pela Rede de Informação em Pesquisa do Reino Unido.
No entanto, os astrônomos e biólogos entrevistados na pesquisa da Universidade da Califórnia afirmaram com ênfase que gostavam de dar palestras públicas e contribuit vcom opiniões nos veículos de comunicação de massa. Aqui, certamente, é uma oportunidade para os blogs adquirirem valor reconhecimento acadêmico- ou pelo menos pode ser a chance de apresentar na página do laboratório uma pesquisa em uma linguagem compreensível ao leitor comum.
As instituições precisam reconhecer e incentivar a superação dessas limitações de forma explícita, não apenas como uma questão de rotina, mas especificamente como expressão de alta iluminação, se promovê-las em momentos de debate público relevante ou nas ocasiões em que são discutidos os interesses dos cientistas. Web 2.0 ainda não tem o que é necessário para adicionar um valor significativo para a abertura do discurso acadêmico, mas pode certamente fazer a diferença para o acesso do público à ciência.
(Tradução do editor. Original disponível para livre acesso na revista Nature. Editorial. Vol 466, 1 jul 2010)
Entre os biólogos o sentimento é semelhante: No meu atual estágio de carreira universitária, a tecnologia tornou-me um dos profissionais mais bem pagos do campus. Mas, apenas para manter esse status, sou sempre obrigado a fazer muito mais do que antes vinha fazendo.
Estas citações procedem do artigo Assessing the Future Landscape of Scholarly Communication (Avaliando o Cenário Futuro da Comunicação Acadêmica [go.nature.com/6Y4b1g]), que informa sobre a pesquisa com 160 acadêmicos realizada no início do ano por Diane Harley e colegas na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Nas duas principais áreas científicas abrangidas pelo estudo - Biologia e Astronomia - publicar em periódicos revistos por pares continuará a ser o principal marcador do desempenho acadêmico. Mas a pesquisa também revelou diferenças lamentáveis entre as duas disciplinas com respeito a modos informais de comunicação entre pares acadêmicos. Sem dúvida o processo de publicação formal é visto como passo necessário para o registro dos resultados de pesquisa, e a revisão por pares formalmente acrescenta valor nesse processo, mas a comunidade de Astronomia efetivamente antes de encaminhar seus artigos para publicação busca a opinião de outros acadêmicos, ainda na etapa de pré-impressão. Nesse momento, os astrônomos utilizam o servidor arXiv.org, um fórum acadêmico altamente confiável, através da qual se pode depositar a versão original de um documento e receber por email comentários privados que poderão complementar o processo de revisão por pares do artigo a ser impresso. Esse processo pode responder pelo baixo nível de erros em artigos encaminhados para as revistas científicas.
Os biólogos tendem contudo a evitar o compartilhamento aberto de tais primeiros rascunhos. Eles alegam que a amplitude de sua comunidade acadêmica e o ambiente de competitividade existente os deixam relutantes quanto a adotar o modelo dos Astrônomos. Essa desconfiança é lamentável, pois tudo indica que o compartilhamento dos artigos em servidores na etapa de pré-impressão eleva o padrão de qualidade da literatura científica. A disposição para depositar o original no arXiv, contudo, está limitada à extensão da abertura científica dos astronomos, situadando a discussão em âmbito privativo.
A experiência da Nature em revisão por pares em aberto (go.nature.com / N67mFk) demonstrou, à vista da falta de comentários sobre artigos nas revistas do grupo Nature, os pesquisadores pouco produtivo proceder discutir artigos antes ou após a publicação. Não só eles alegam estar ocupados, como atestam as citações acima, como não vêem vantagem na atividade que lhes traz algum risco de fazer uma crítica errada ou uma declacração inconveniente em público. Além disso, os astrônomos e biólogos registram um desencorajamento ativo nos blogs - uma forma de comunicação que carrega aos olhos dos acadêmicos carece de selo de confiabilidade ou de prestígio. Essa imagem reativa ao debate interativo da ciência na internete está mais ampliadoa em uma nova pesquisa, If You Build It, Will They Come? How Researchers Perceive and Use Web 2.0 (Se Você Construir, Eles Virão? Como os Pesquisadores Percebem e Usam a Web 2.0), a ser publicado ainda este mês pela Rede de Informação em Pesquisa do Reino Unido.
No entanto, os astrônomos e biólogos entrevistados na pesquisa da Universidade da Califórnia afirmaram com ênfase que gostavam de dar palestras públicas e contribuit vcom opiniões nos veículos de comunicação de massa. Aqui, certamente, é uma oportunidade para os blogs adquirirem valor reconhecimento acadêmico- ou pelo menos pode ser a chance de apresentar na página do laboratório uma pesquisa em uma linguagem compreensível ao leitor comum.
As instituições precisam reconhecer e incentivar a superação dessas limitações de forma explícita, não apenas como uma questão de rotina, mas especificamente como expressão de alta iluminação, se promovê-las em momentos de debate público relevante ou nas ocasiões em que são discutidos os interesses dos cientistas. Web 2.0 ainda não tem o que é necessário para adicionar um valor significativo para a abertura do discurso acadêmico, mas pode certamente fazer a diferença para o acesso do público à ciência.
(Tradução do editor. Original disponível para livre acesso na revista Nature. Editorial. Vol 466, 1 jul 2010)
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