quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Sem Mapas, Tragédias Reais

Tive o privilégio de ser o primeiro coordenador nacional de atenção às urgências do Ministério da Saúde, ocasião em que foi lançada a política que norteia as ações da área e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - o SAMU 192.
Examinando a portaria ministerial número 1863, de 29 de setembro de 2003, lemos o que segue:
Art. 2.o Estabelecer que a Política Nacional de Atenção às Urgências composta pelos sistemas de atenção às urgências estaduais, regionais e municipais, deve ser organizada de forma que permita:
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4. fomentar, coordenar e executar projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter urgente e transitório, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas, a partir da construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção, atenção e mitigação dos eventos.
Frente à tragédia coletiva relacionada às chuvas e inundações em Santa Catarina está claro que a portaria foi esquecida. Tudo cabe no papel, mas sem providência o previsto vira ficção.

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